Os trabalhadores da sede do Instituto de Segurança Social protestaram, hoje, à porta do edifício, na Av. 5 de Outubro, em Lisboa, contra a falta de condições de segurança e saúde no local de trabalho. Desde que o Instituto mudou a sua naquele para aquele edifício, há cerca de um ano, muitos trabalhadores passaram a queixam-se de problemas respiratórios, eczemas na pele, tonturas, vómitos e cefaleias constantes.
Como divulgámos no dia 22 de Junho, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas denunciou a situação numa Nota enviada à Comunicação Social:
Instituto Segurança Social (edifício sede)
Plenário de Trabalhadores, 24 junho,12h30
Trabalhadores alertam que o edifício
Não reúne condições de segurança e saúde!
Os trabalhadores do Instituto de Segurança Social (ISS-IP) estarão reunidos em plenário, na entrada do edifício, para denunciar a falta de condições de segurança e saúde no local de trabalho.
Esta situação arrasta-se desde que o edifício foi ocupado pelo ISS-IP, há cerca de um ano, e desde essa altura os trabalhadores têm vindo a alertar para os níveis de saturação de ar que se fazem sentir, dificultando a concentração e a capacidade de trabalho. Muitos trabalhadores queixam-se de problemas respiratórios, eczemas na pele, tonturas, vómitos, cefaleias constantes; são também muitos os que foram atingidos por lixo que caiu diretamente das condutas de renovação de ar, o que mostra que as mesmas não têm a manutenção exigida.
A tudo isto o Presidente do Instituto Responde que não se passa nada.
O tempo foi passando e nada foi resolvido, os trabalhadores do edifício sede do ISS-IP, que durante os estados de emergência e calamidade, com o seu profissionalismo e elevado sentido de serviço público, garantiram o funcionamento do Instituto e deram respostas às necessidades dos cidadãos, temem ainda mais pelo seu estado de saúde devido à actual situação provocada pela Covid-19.
No final do plenário será entregue, ao Presidente do ISS-IP, um abaixo-assinado com cerca de 700 assinaturas, onde se exige:
► Substituição das actuais janelas, por janelas que possam ser abertas;
► Substituição das unidades de tratamento de ar e limpeza das condutas;
► Informações sobre o resultado de todas as análises que têm sido feitas à qualidade do ar.
Por outro lado, a situação de crise provocada pela Covid-19 tornou ainda mais evidente, a falta de trabalhadores no Instituto de Segurança Social.
O STFPSSRA continuará a exigir a contratação de trabalhadores com vínculo permanente, o fim da precariedade, e o fim da contratação através de empresas de trabalho temporário (no final do mês de junho, serão despedidos cerca de 30 destes trabalhadores).
O plenário contará com a presença solidária de Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.
Lisboa, 22 de junho de 2020