Os carteiros de Coimbra decidiram hoje, em plenário, convocar uma greve às duas primeiras horas do horário trabalho, de 13 a 24 Julho. Perante o acumular de trabalho que atrasa a distribuição da correspondência para além dos limites do aceitável, exigem a contratação de mais trabalhadores. Ao invés, os CCT têm vindo a reduzir pessoal.
Logo no início da pandemia, os CTT começaram por não renovar os contratos aos trabalhadores com vínculos precários, mas que ocupavam postos de trabalho permanentes. Também foram dispensados os que a empresa designa como “agenciados” (figura sem existência na lei) – carteiros subcontratados a terceiros para fazer as entregas.
Mesmo neste quadro de acumulação de trabalho e de falta de mão-de-obra, a empresa não faz contratações, o que também causa a apreensão dos carteiros quanto ao período de gozo de férias, este ano.
Os baixos salários são outro motivo da marcação da greve. Depois de a empresa ter imposto o pagamento em cartão e retirado da retribuição o valor do do subsídio de refeição, os carteiros tomaram ainda maior consciência de quão baixos são os seus salários e de como se aproximam do salário mínimo nacional.
Acompanhando a reivindicação da CGTP-IN, os carteiros lutam por um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores.