O registo de trabalhadores infectados com covid-19 na Scotturb, nomeadamente, um motorista que realizava a circulação para Cascais, levou a a Comissão Sindical do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal a questionar a gerência desta empresa de transportes colectivos que serve os concelhos de Sintra, Cascais, Oeiras, sobre as medidas que adoptou em face da situação.
Informação da FECTRANS:
COVID 19: Questionada a gerência da SCOTTURB
A CSS - Comissão Sindical do STRUP – Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal na SCOTTURB, questionou a gerência da empresa sobre as medidas que foram desencadeadas face ao aparecimento de trabalhadores com COVID 19.
No ofício enviado é referido que se teve “conhecimento que o motorista que conduzia a viatura que realizava a circulação para Cascais que foi noticiada pela comunicação social na Estação de Mem Martins, está de baixa infetado com COVID 19. Este trabalhador já estará de baixa há cerca de duas semanas, o que a confirmar-se estaria infetado a conduzir, ou terá sido eventualmente na sequência do serviço no qual a lotação da viatura ultrapassava a lotação dos 2/3 recomendada pela DGS”.
É referido que há “igualmente conhecimento que, esse motorista foi transportado numa viatura da empresa, de 3 lugares, e que outro colega para além deste já testou positivo, e de acordo com as recomendações deu conhecimento à empresa sobre a sua atual situação, no passado dia 09 de Junho”.
Face aos dados relatados, a CSS lança as diversas questões à gerência:
Quem fiscaliza os acessos aos autocarros, e sendo uma situação reiterada, porque não são colocados desdobramentos?
A Gerência da SCOTTURB, estando informada sobre a situação que se encontra o motorista infetado, que diligências tomou para informar ou testar os dois trabalhadores que foram transportados ao serviço da empresa?
A Gerência da SCOTTURB não renovou o contrato de trabalho ao motorista que aqui referimos como 2º infetado, mas já tinha conhecimento do caso de infeção do 1º infetado (neste caso), porque não procedeu à informação ao trabalhador que “dispensou”?
Obviamente que tendo presente que esta situação de contágio tem tudo para ter sido feita no tal transporte da empresa, a pergunta mais óbvia surge, quando verificamos que a trabalhadora que conduzia essa viatura não fez qualquer quarentena, e ao que sabemos mantêm-se ao serviço ao longo de todo este tempo?
Fica a dúvidas sobre o que terá acontecido aos demais trabalhadores que testaram positivo, e que circularam nos concelhos servidos pela SCOTTURB, mas certamente a Gerência da empresa nos responder-nos-á, estamos convictos. Só com uma informação transparente se poderá transmitir tranquilidade e segurança aos trabalhadores que estão a servir as populações.