No regresso ao trabalho presencial nos call-centers, o SNTCT exige o cumprimento das normas da DGS e que os trabalhadores que realizaram teletrabalho sejam compensados pelos gastos inerentes à realização de actividade a partir de casa, nomeadamente de electricidade e acesso à Internet. “É inconcebível que os trabalhadores a realizarem teletrabalho para uma operadora que possuam os serviços desta instalados na sua habitação, lhe seja imputado como habitualmente a factura” acusa também o sindicato.
Comunicado do SNTCT:
O REGRESSO À “NOVA NORMALIDADE” NÃO PODE SIGNIFICAR VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES
Compreendemos e aceitámos a necessidade que existiu da aplicação do teletrabalho, não nos opondo ou menosprezando a importância da aplicação do mesmo, no entanto os trabalhadores que realizaram teletrabalho deverão ser compensados pelos gastos inerentes à realização de atividade a partir de casa, nomeadamente de luz e acesso à internet. É inconcebível que os trabalhadores a realizarem teletrabalho para uma operadora que possuam os serviços desta instalados na sua habitação, lhe seja imputado como habitualmente a fatura.
Com a terceira fase de desconfinamento em vigor será importante fazermos um balanço e uma avaliação dos atropelos à lei e aos direitos dos trabalhadores que as empresas procuram levar à prática. Como a partir de dia 1 de Junho o teletrabalho terá que ter o acordo do trabalhador, ou seja, a maioria dos trabalhadores irão regressar aos seus pontos de trabalho, há normas que têm que ser cumpridas pelas empresas.
Com o regresso aos Locais de Trabalho (call-centers), questionamos e exigimos o cumprimento das normas da DGS;
- Como vai ser programado o distanciamento obrigatório entre trabalhadores nas posições de trabalho?
- Como será efetuada a higienização e limpeza dos locais, já que são tradicionalmente locais de limpeza duvidosa e que por diversas vezes expusemos a várias entidades competentes?
- Em vários locais obrigavam trabalhadores a partilhar headsets, que medidas as empresas estão a tomar para que tal não continue a acontecer?
- Garantiram as empresas a distribuição de equipamentos de segurança, nomeadamente gel/álcool e mascaras?
Como dissemos anteriormente no caso da Altice a integração dos trabalhadores da Manpower na Intelcia não chega porque esses trabalhadores devem estar na Altice e não noutra empresa prestadora. Quando Alexandre Fonseca disse que era o que os sindicatos queriam, que os trabalhadores passassem para uma empresa do grupo, estava a mentir. O que os trabalhadores querem não é isso, os que trabalhadores querem é ser da empresa Altice, com os direitos que o ACT contem. A situação de lay off aplicada aos trabalhadores da Intelcia demonstrou que os trabalhadores tinham razão.
AGORA, MAIS QUE NUNCA AS REIVINDICAÇÕES ASSUMIDAS E APROVADAS PELOS
DOS TRABALHADORES, TÊM RAZÃO DE SER:
- AUMENTOS SALARIAIS, ACIMA DO VALOR DO ORDENADO MINIMO NACIONAL;
- INTEGRAÇÃO NOS QUADROS EFECTIVOS DOS OPERADORES;
- MELHORES CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO.
FONTE: SNTCT