REN mantém 0,6 por cento e recusa falar de problemas

Os trabalhadores das empresas do Grupo REN não podem negociar como séria uma proposta salarial com valores que nem sequer dão para um café por dia. Também não se aceita que a administração negue discutir problemas laborais, como disse na última reunião negocial.

A administração da REN declarou, no dia 21, que não pretende negociar algo mais do que o aumento salarial.

Parece que a administração não quer admitir as realidades e a sua necessária resolução, através de negociação, comentou a Fiequimetal, na informação divulgada aos trabalhadores no final da reunião.

Todos os trabalhadores sabem que existem alguns problemas laborais latentes, incluindo a não atribuição de subsídios de risco a quem faz primeira intervenção (Terminal de Sines e Armazenagem), o minúsculo subsídio de disponibilidade, discriminatório entre trabalhadores da mesma equipa, e ainda as lentíssimas progressões nas carreiras.

Os trabalhadores não vão aceitar esta recusa por parte da administração, avisa a federação, recordando que, no ano passado, a administração também fez orelhas moucas às reivindicações no terminal de Sines (REN Atlântico).

Então, os trabalhadores uniram-se e, com o apoio da Fiequimetal e do seu sindicato, foram à luta, tendo conseguido a satisfação de algumas das suas reivindicações, nomeadamente o aumento e um maior equilíbrio entre os salários dos trabalhadores da mesma equipa.
Isto prova que é sempre possível obter resultados às nossas reivindicações. A luta e a unidade são o caminho para uma maior justiça laboral.

A proposta patronal de actualização da tabela salarial em 0,6 por cento não dá sequer para um café por dia, pois representa entre seis e 25 euros. Por este motivo, a Fiequimetal manteve a sua reivindicação de 80 euros de aumento salarial para cada trabalhador.

FONTE: FIEQUIMETAL