O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) - agora designado Mais Sindicato, que gere os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) do Sul e Ilhas, determinou em 20 de março, o encerramento de todos os seus serviços clínicos e administrativos e informou os cerca de 1500 trabalhadores ao seu serviço, que estavam com os contratos de trabalho suspensos, em Lay-Off.
Com esta decisão, a Direcção do SBSI/Mais Sindicato encerrou o Centro Clínico e o Hospital em Lisboa e todas as clínicas e serviços do SBSI/SAMS, nos distritos de Lisboa, Santarém, Castelo Branco, Setúbal, Évora, Beja, Faro e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira e comunicou aos trabalhadores do SBSI/SAMS Sul e Ilhas que estavam com o “...contrato de trabalho suspenso, em regime de Lay-Off...”, “...previsivelmente, até ao dia 5 de maio de 2020” ou seja, até hoje.
Perante esta comunicação aos trabalhadores, a Comissão de Trabalhadores (CT) e os sindicatos representativos dos trabalhadores, que nunca foram formalmente auscultados neste processo, pediram de imediato esclarecimento aos responsáveis institucionais e simultaneamente foram dando conhecimento, desta situação, à Ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social; à Ministra da Saúde e à Inspectora-Geral do Trabalho.
Dado que não foi apresentada, até à data, qualquer proposta formal, nem esclarecimentos quanto ao funcionamento dos serviços e aos concretos termos do Lay-Off, por parte dos responsáveis do SBSI/SAMS, nem tiveram qualquer informação ou conhecimento de intervenção por parte das responsáveis governamentais e da ACT, os representantes dos trabalhadores recorreram agora ao Primeiro-Ministro, a quem solicitaram urgente intervenção neste processo.
Nesta exposição e pedido de intervenção ao Primeiro-Ministro reportaram também a situação de apreensão e drama que está a ser vivida pelos trabalhadores face ao corte salarial que lhes foi imposto e à incerteza quanto à evolução da situação e à retoma dos seus postos de trabalho.
Também os cerca de 100 mil beneficiários e utentes dos SAMS se viram privados dos seus profissionais de saúde e do acesso aos seus processos clínicos, às consultas, aos exames, aos tratamentos e vacinações, que eram exclusivamente prestados pelos Serviços Clínicos dos SAMS, para os quais continuam a descontar mensalmente, através das suas entidades patronais bancárias, dos seus salários e das suas reformas.
Os Sindicatos e a CT informaram ainda o Primeiro-Ministro, que os trabalhadores e designadamente, os cerca de 1200 profissionais de saúde, se mantêm e sempre se mantiveram disponíveis para exercer e prestar os cuidados de saúde aos seus utentes e que não entendem esta decisão dos dirigentes do SBSI/Mais Sindicato/SAMS que lhes cortou os salários e que já está a custar centenas de milhares de euros mensais ao erário público, devido às comparticipações da Segurança Social no âmbito do Lay-Off.
É neste contexto que os representantes dos trabalhadores do SBSI/SAMS Sul e Ilhas pedem a urgente intervenção do Primeiro-Ministro, para que esta situação, que foi desencadeada de forma incompreensível pelos dirigentes do SBSI/SAMS, não se arraste indefinidamente a penalizar os beneficiários/utentes, os trabalhadores, a Segurança Social e o Serviço Nacional de Saúde, onde a generalidade dos utentes dos SAMS têm recorrido.
FONTR: Sindicatos / P’la Comissão de Trabalhadores do SBSI/SAMS Sul e Ilhas