Ministérios da Cultura ignora situação de urgência dos trabalhadores do sector

Cultura LutaO Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos lamenta que o Ministério da Cultura não considere prioritário discutir com os representantes dos trabalhadores do sector propostas tão urgentes quanto estruturantes para estabilizar as situações de urgência com que o sindicato se depara todos os dias.

Comunicado do CENA-STE à Comunicação Social :

No seguimento da comunicação emitida em 12 de Março pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos - CENA-STE, e tendo em conta a situação dramática que atingiu o sector e em particular os seus trabalhadores, solicitámos audiência conjunta, com carácter de urgência, ao Ministério da Cultura e Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Só no dia 1 de Abril foi possível ao Ministério da Cultura reunir connosco. Do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não obtivemos resposta.

Foram apresentados e discutidos com o Ministério da Cultura os resultados gerais do 'Questionário aos Trabalhadores de Espectáculos, Audiovisual e Músicos' realizado entre 18 e 26 de Março, que atestam a situação catastrófica vivida no sector e fizemos chegar à ministra, a seu pedido, um diagnóstico das dificuldades que estamos a passar, com o compromisso de no dia 30 de abril apresentarmos propostas concretas com vista à solução.

Cumprindo o nosso compromisso, temos um caderno de propostas de apoio aos nossos trabalhadores de curto, médio e longo prazo. São propostas de EMERGÊNCIA, de RETOMA e de REFORMA para o sector construídas em cima dos resultados do inquérito, de diálogo com estruturas culturais e grupos informais de defesa da cultura e com delegados e dirigentes sindicais dos muitos locais de trabalho onde temos intervenção. Seriam apresentadas ao Ministério da Cultura esta quinta-feira, se o ministério não tivesse adiado a reunião para o próximo dia 5 de Maio, terça-feira.

Lamentamos profundamente que o Ministério da Cultura não considere prioritário discutir com os representantes dos trabalhadores do sector propostas tão urgentes quanto estruturantes para estabilizar as situações de urgência com que nos deparamos todos os dias. Achamos que esta atitude é reveladora da falta de vontade do Ministério da Cultura em manter um diálogo produtivo com o sector e da sua recorrente opção por medidas paliativas, insuficientes e, neste momento, irresponsáveis perante a missão que os devia nortear.

Estamos disponíveis para reunir com o Ministério da Cultura no próximo dia 5, e já o fizemos saber, mas não poderíamos continuar a adiar a resposta que os trabalhadores da cultura e das artes nos merecem. Aqui estão as propostas pelas quais nos iremos bater.

FONTE: CENA-STE