O SIESI acusa a Schindler Elevadores de tentar implementar o lay-off sem cumprir os requisitos previstos na lei e avisa os trabalhadores que o incumprimento dos pressupostos para acesso ao regime de lay-off inviabiliza os apoios previstos.
Comunicado do SIESI – Sindicato das Indústrias Eléctricas aos Trabalhadores da Schindler Elevadores:
Contestamos as reuniões ilegais promovidas pela administração.
Os trabalhadores não podem pagar uma crise sem fundamentos!
A Direcção do SIESI já agiu em conformidade face às reuniões ilegais promovidas pela administração da Schindler para implementar um regime de suspensão de contratos, mais conhecido como “lay-off”, sem cumprir com os requisitos previstos na Lei.
Salientamos ainda que, perante a realização destas reuniões, os resultados das mesmas não podem ter quaisquer efeitos que retirem direitos, garantias e retribuições dos trabalhadores.
Apesar da tentativa em convidar o sindicato para participar em tais reuniões, colocamos de forma clara à administração que as mesmas violavam prazos estabelecidos na Lei e, como tal, não pactuaria com tal ilegalidade.
Além do ovo de Páscoa envenenado entregue aos trabalhadores, não foram apresentados fundamentos válidos para a implementação de tais medidas uma vez que, esse regime, não se pode basear em suposições ou previsões.
É importante que todos percebam que o incumprimento dos pressupostos para acesso ao regime de “lay-off” inviabiliza o acesso aos apoios previstos.
Além do mais, não é compreensível a suspensão dos contratos de trabalho quando, entre 2016 e 2018, a empresa em Portugal alcançou quase 6 milhões de lucros. Pelo empenho e dedicação dos seus trabalhadores.
Em Fevereiro foi publicado no site da própria empresa com grande destaque: “Mais um ano de crescimento para a Schindler. Apesar do contexto, a Schindler conseguiu aumentar a sua carteira de encomendas em 3,9%, alcançando 12.123 milhões de francos suíços (11.400 milhões de euros) e a receita aumentou 3,6%, alcançando os 11.271 milhões de francos suíços (10.696 milhões de euros). Os lucros operativos alcançaram, por seu lado, os 1.258 milhões de francos suíços (1.182 milhões de euros), que correspondem a uma margem EBIT de 11,2%. O lucro líquido foi de 929 milhões de francos suíços (873 milhões de euros) e o cash flow operativo situou-se nos 1.185 milhões de francos suíços (1.088 milhões de euros).”
E agora falam em crise!? Qual crise? Isto é um atentado à inteligência, trabalho e memória de todos!
Como tal é inadmissível que a administração da empresa tente impor um regime de “lay-off” em que os trabalhadores pagarão uma crise que não existe, nem sequer está comprovada, bem como tentar com que o Estado português financie uma empresa que factura milhões todos os anos, com o dinheiro de todos os contribuintes.
SINDICALIZA-TE nos Sindicatos da Fiequimetal! EXIGE OS TEUS DIREITOS!
Os Sindicatos da Fiequimetal/CGTP-IN estão a trabalhar em conjunto para que os trabalhadores estejam representados em todos os locais do país.
O direito à filiação sindical está previsto na Lei, qualquer tentativa no sentido de impedir, reprimir, discriminar ou marginalizar os trabalhadores que entendam defender os seus direitos comete crime grave punível por lei.
FONTE: SIESI