Hotéis do Porto empurram trabalhadores para o lay-off

hotel portoO sector hoteleiro viveu oito anos consecutivos de aumento de dormidas e receitas, como nunca antes aconteceu, mas manteve os salários dos trabalhadores congelados, de 2011 a 2018 – e em 2019 a associação patronal recusou negociar aumentos salariais dignos. Mas, logo que se iniciou a crise provocada pelo coronavírus, as empresas hoteleiras despediram trabalhadores no período experimental, deixaram de renovar contratos a termo e anteciparam o termo de muitos outros, deixando centenas de trabalhadores no desemprego.

Comunicado de Imprensa do Sindicato da Hotelaria do Norte

HOTÉIS DO PORTO ENCERRADOS
TRABALHADORES EMPURRADOS PARA O LAY-OFF

A exemplo da generalidade dos hotéis da região Norte, os cerca de 90 hotéis do Porto, estão praticamente todos encerrados. Os poucos que se mantêm abertos estão apenas a assegurar serviços mínimos, em geral na receção, com um número reduzido a menos de uma dezena de trabalhadores.

Depois de terem forçado o gozo de férias antecipadas e criado bancos de horas negativas, em particular os grandes grupos económicos, o patronato da hotelaria recorreu a partir de hoje ao “lay-off simplificado” para reduzir os gastos com o pessoal e, consequentemente, o salário dos trabalhadores.

Entretanto, logo que se iniciou a crise provocada pelo coronavírus, as empresas despediram trabalhadores no período experimental, deixaram de renovar contratos a termo, anteciparam o termo de muitos contratos, deixando centenas de trabalhadores no desemprego.

Esta situação é escandalosa, já que o setor viveu 8 anos consecutivos de aumento de dormidas e receitas, como nunca antes aconteceu.

E, os salários estiveram congelados de 2011 a 2018, em 2019 a associação patronal APHORT recusou negociar aumentos salariais dignos e, por esse facto, muitos milhares de trabalhadores ficaram, mais um ano, com salários congelados.

O Governo tem de tomar medidas para anular estes atos das empresas, designadamente os despedimentos ilegais, a não renovação dos contratos, as férias forçadas e bancos de horas ilegais.

FONTE: Sindicato da Hotelaria do Norte