As refeições estarão comprometidas nas prisões de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real, por via da greve dos trabalhadores da Uniself, empresa a quem está concessionado aquele serviço.
O Sindicato da Hotelaria do Norte acusa a Uniself de não respeitar os direitos dos trabalhadores, designadamente no que toca ao pagamento do trabalho suplementar e às categorias profissionais. Além disso, paga salários muitos baixos e mantém condições de trabalho inaceitáveis. O sindicato solicitou uma reunião à empresa, mas esta nem se dignou a responder.
Assim, os trabalhadores da Uniself que exercem actividade nos estabelecimentos prisionais dos distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real, bem como os que trabalham em cantinas e cozinhas que confeccionam refeições para os mesmos, vão recorrer à greve, com paralisação total, durante todo o período de trabalho, no dia 7 de Fevereiro de 2020, pelos seguintes motivos:
1. Pagamento do trabalho suplementar em divida, já reclamado por diversas vezes à empresa, de maio a Novembro de 2019;
2. Reclassificação dos cozinheiros de 2.ª para 1.ª, por força do CCT em vigor, já que confeccionam mais de 700 refeições - confeccionam cerca de 2080 refeições diárias;
3. Reclassificação dos trabalhadores que exercem funções de motorista, pois nenhum deles está devidamente classificado, estando actualmente classificados com categorias diversas;
4. Reclassificação das empregadas de refeitório como preparadoras de cozinha;
5. Reclassificação das empregadas de refeitório que exercem funções de distribuição;
6. Atribuição de um subsidio de risco igual aos dos professores que trabalham nas prisões no valor de 170 euros mensais;
7. Aumento salarial de 90 euros para todos os trabalhadores.
FONTE: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte