Os trabalhadores da fábrica da multinacional alemã Mahle, em Murtede (Cantanhede), mostraram com forte adesão à greve de dia 10 que estão determinados na luta para conseguir que a empresa remunere devidamente o trabalho por turnos.
Organizados no SITE Centro-Norte, os trabalhadores fizeram pela primeira vez greve no dia 10 de Julho, por 24 horas, e um grupo deslocou-se à manifestação nacional a Lisboa, enquanto a maior parte do pessoal permaneceu concentrada no exterior da fábrica.
A Mahle, ali instalada há 25 anos, labora em regime de turnos rotativos mensais, mas paga um «subsídio de trabalho nocturno», que representa acréscimos de 4% no turno da manhã, 10% no turno da tarde e 28% no turno da noite.
A reivindicação de pagamento do subsídio de turno, no valor de 25% da remuneração-base, como previsto no contrato colectivo de trabalho, está colocada há cerca de três anos, mas as negociações com a empresa não têm avançado.
Depois desta greve e com processos a decorrer em tribunal, a empresa deveria alterar a sua posição. Em breve vai ser analisada a situação e serão tomadas pelos trabalhadores as adequadas decisões.