Os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social e das Misericórdias, bem como os da União das Misericórdias Portuguesas, estarão em greve, amanhã, 7 de Junho, para exigir das entidades empregadoras melhores salários, melhores condições de trabalho e respeito pelos seus direitos.
Para além da greve de 24 horas, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que representa estes trabalhadores, promoverá uma Manifestação Nacional, pelas 15.00 horas, junto ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa, para exigir que o Governo considere nos aumentos das comparticipações do Estado, atribuídas anualmente às Instituições, a actualização salarial que se justifica.
Os Trabalhadores das IPSS e da União das Misericórdias Portuguesas e das Misericórdias não tiveram qualquer valorização remuneratória, tão pouco qualquer aumento salarial nas Tabelas Remuneratórias Mínimas, nos anos mais recentes.
Contudo, o Governo pôs à disposição do Sector Social e Solidário, onde se incluem as IPSS e Misericórdias, 1,5 mil milhões de Euros em cada ano, o que representou uma actualização anual dos valores das respectivas comparticipações, em 2016, de 1,3%, em 2017, de 2,1% e, em 2018, de 2,2%, sem que, nestes anos, houvesse qualquer aumento salarial para os trabalhadores.
A transferência para o Sector Social de bens, de avultadas verbas e de serviços, têm de ter em conta os trabalhadores, os seus salários e carreiras, porquanto são estes os principais agentes da execução das funções e serviços sociais que as IPSS e Misericórdias praticam, exigindo-lhes empenho, solidariedade, disponibilidade constante, num mundo de trabalho que, quer se queira ou não, tem particularidades de grandes exigências.
As IPSS, a União das Misericórdias Portuguesas e as Misericórdias não podem continuar com uma política de baixos salários. No mínimo, a evolução da RMMG deve ser reflectida em todos os níveis.
FONTE: Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais