Foi grande a adesão à greve, ontem, dos trabalhadores do comércio, escritórios e serviços, com destaque para os trabalhadores das empresas de distribuição (Super e hipermercados) que, com a maior adesão dos últimos anos, deram um forte recado às empresas e à associação patronal na exigência do aumento dos salários e do encerramento do comércio no 1º de Maio, Domingos e Feriados.
Apesar das “ofertas” de vouchers para massagens, almoços de camarão cozido e porco no espeto, muitos milhares de trabalhadores, que sabem que não há almoços grátis, mantiveram-se firmes, participaram activamente em dezenas de piquetes de greve e aderiram massivamente à luta.
Destacamos a adesão dos trabalhadores do Dia / Minipreço que encerraram muitas dezenas de lojas e de uma forma geral, os trabalhadores do Pingo Doce, Sonae/Continente, Jumbo/Auchan e Lidl, com adesões superiores a 50% que obrigaram as empresas a cometer ilegalidades, e substituição de trabalhadores em greve, com lojas e armazéns abertos ou a funcionar com balcões encerrados, apenas chefias e formadores e prateleiras vazias.
Os trabalhadores exigem:
- O aumento dos salários de todos os trabalhadores e o fim da tabela B (mais baixa que se aplica em todo o país excepto distritos de Lisboa, Porto e Setúbal);
- O encerramento do comércio no 1º de Maio e em todos os Domingos e Feriados
- A negociação do Contrato Colectivo de Trabalho – que se encontra em negociação, bloqueado pelos patrões, há mais de 31 meses.
- A dignificação do trabalho e dos trabalhadores com carreiras profissionais dignas e promoções automáticas que valorizem o conhecimento e a antiguidade no local de trabalho.
- O fim da precariedade – que a cada posto de trabalho permanente corresponda 1 trabalhador com contrato de trabalho sem termo.