Os trabalhadores da União das Misericórdias Portuguesas vão reunir em plenário, no Centro João Paulo II, em Fátima, amanhã, 13 de Abril , das 10h30 às 12h00 e contarão com a presença de Arménio Carlos, Secretário Geral da CGTP-IN, de Rui Aldeano, Coordenador da União dos Sindicatos do Distrito de Santarém, e ainda com a presença de Isabel Camarinha, Presidente do CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.
Neste plenário, será discutida e votada uma moção que, a ser aprovada, será entregue pelo Plenário à Direcção da UMP que estará ali reunida em Assembleia Geral, com as seguintes reivindicações:
- O aumento dos salários - na União das Misericórdias Portuguesas os salários pagos aos trabalhadores do apoio (ajudantes de lar, auxiliares de ação médica, cozinha, limpeza, lavandaria, etc.) são 600€ por força do aumento do salário mínimo nacional. Diariamente estes trabalhadores desempenham, com zelo, a sua tarefa de cuidado aos utentes, muitos completamente dependentes e internos da instituição, têm 5, 10, 15, 20, 25 anos de trabalho na instituição e não vêm valorizada a sua carreira e percurso profissional.
Os Trabalhadores desde Outubro que aguardam que a UMP responda à proposta dos Trabalhadores e do CESP de revisão do Acordo de Empresa, que garanta o aumento dos salários e a normal progressão na carreira de todos os trabalhadores. Importa realçar que os salários dos trabalhadores não são revistos há vários anos, por recusa em discutir esta matéria por parte da UMP.
UMP que é financiada pelo Estado para prestar estes serviços e que tem beneficiado da revisão dos protocolos de cooperação com o Governo e não repercutindo essas actualizações dos protocolos de cooperação nos salários dos trabalhadores.
- Os trabalhadores exigem ainda ser devidamente compensados pelo trabalho que prestam nos feriados. Estes trabalhadores estão obrigados a trabalhar nos feriados e dias festivos (não podendo, a maioria das vezes estar com a sua família no Natal, Ano Novo, Páscoa e outros dias festivos) e, por cada dois feriados trabalhados ficam com o direito a descansar 1 dia, ou recebem o valor correspondente a meio dia de trabalho (10, 12 euros), não sendo devidamente compensados pelas horas de trabalho que prestam a mais nos dias feriados nem devidamente compensados pelas horas de descanso e em família que não tiveram. É uma injustiça que urge resolver. Os Trabalhadores da UMP exigem receber as horas trabalhadas no feriado mais o valor correspondente às horas trabalhadas como compensação do descanso que não tiveram.