O Sindicato da Hotelaria do Norte promove amanhã, a partir das 10:30 horas, na sua sede, uma reunião geral de distribuidores de refeições ao domicilio das plataformas Uber Eats, Glovo e outras, para analisar a situação destes trabalhadores e provar um caderno reivindicativo para ser apresentado a estas multinacionais.
Estes trabalhadores não têm contrato de trabalho, são todos contratados a recibo verde, não têm seguro contra acidentes de trabalho, ficam numa situação muito vulnerável em caso de doença ou desemprego, não têm direito a férias, subsídio de férias, subsídio de natal, alimentação em espécie ou subsidio noturno, salário mínimo, enfim não lhe é aplicada qualquer contratação coletiva, e as condições de trabalho são muito más.
Para além desta iniciativa, o sindicato está a desenvolver esta semana uma campanha nos restaurantes, cafés, pastelarias e similares contra o trabalho clandestino – que estima haver 90 mil trabalhadores a nível nacional - o trabalho não declarado, os recibos verdes ilegais, o abuso dos contratos a termo mal fundamentados, os ritmos de trabalho intensos, os horários longos, infindáveis e imprevisíveis, o incumprimento dos direitos da contratação coletiva, tudo formas de precariedade que são as principais causas da fuga dos trabalhadores do setor e das alegadas dificuldades de recrutamento, argumento usado pelas empresas para recorrerem a trabalhadores imigrantes, mão de obra ainda mais fragilizada, mais barata e apetecível para o patronato explorar.