Confrontadas com um novo contrato, que previa uma redução no vencimento líquido que recebiam até àquela data e proibidas de trabalhar por recusarem os novos contratos, cerca de três dezenas de trabalhadoras decidiram parar e concentrarem-se junto ao Hotel Marriott, no passado dia 22 de Fevereiro.
Neste grupo de mulheres, subcontratadas, há trabalhadoras com 5, 10 e 16 anos de casa a laborar neste hotel, mas que continuam a ser subcontratadas por uma empresa de trabalho temporário - “Talenter” - que tem no seu currículo um longo historial de irregularidades e de exploração e nem os descontos legais (IRS e Segurança social) faz convenientemente.
O Hotel Marriott, que geralmente “assobiava para o lado” perante estas situações, já denunciadas anteriormente pelas estruturas representativas dos trabalhadores, face a esta luta, um exemplo de coragem e determinação destas mulheres, e perante a eminência de ter de substituir toda a equipa, que já presta ali serviço há longos anos, foi obrigado a rever a sua posição.
Neste mesmo dia e após intervenção das estruturas representativas de trabalhadores - Comissão de trabalhadores do Hotel e Sindicato – as trabalhadoras entraram ao serviço, logo a seguir ao almoço, sem qualquer penalização retributiva pela paragem realizada.
Todas as partes, Hotel Marriot, “Talenter” e as estruturas representativas de trabalhadoras ficaram, ao longo da presente semana, analisar formalmente os novos vínculos de trabalho, garantido desde já, a não perda de direitos e redução dos salários.
No entendimento do Sindicato da Hotelaria do Sul, estas trabalhadoras prestam uma necessidade permanente na empresa, Hotel Marriott, logo cabe a responsabilidade e resolução destes contratos no seio da empresa.
De referir que esteve no local, a deputada do PCP na Assembleia da República, Rita Rato, deixando mensagens de apoio e solidariedade, para com as trabalhadoras e a luta entretanto desenvolvida.
FONTE: Sindicato da Hotelaria do Sul