O presidente da Câmara de Sousel mandou retirar pendões a denunciar de trabalho precário porque entende que não existe precariedade no município. Mas só no parque operacional do município de Sousel são 25 por cento os trabalhadores que estão a ocupar postos de trabalho permanentes, a executar tarefas indispensáveis, mas estão colocados através de um Contrato de Emprego e Inserção.
A denúncia da precariedade existente no município de Sousel foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), através da colocação de pendões em todo o concelho, ainda em Janeiro deste ano.
O presidente da Câmara Municipal de Sousel, numa atitude clara de ilegalidade e desrespeito pela liberdade sindical, mandou retirar todos os pendões colocados justificando com o facto de, do seu ponto de vista não existir precariedade no município que gere.
O STAL e a USNA esclarecem: só no parque operacional do Município de Sousel 25% dos trabalhadores estão a ocupar postos de trabalho permanentes, a executar tarefas indispensáveis, mas estão colocados através de um Contrato de Emprego e Inserção, ou seja, estão a esgotar desemprego. Recebem uma bolsa mensal e não um salário. Isto é precariedade.
As tentativas de limitar a liberdade sindical no município de Sousel não são novas e não começaram com a retirada dos pendões. Como tal, muitos outros existem e iremos continuar a repo-los até que a situação da precariedade denunciada se resolva. E foi isto que aconteceu durante o dia de ontem, conciliado com o contacto com as trabalhadoras do Município para entrega do postal alusivo ao Dia Internacional da Mulher que o STAL preparou.
FONTE: União Sindicatos do Norte Alentejano