Os trabalhadores do casino da Póvoa de Varzim concentrarem-se, ontem, à porta do casino para reclamar aumentos salariais e exigir a reintegração dos trabalhadores despedidos. Querem que o casino da Póvoa volte a ser conhecido pelo emprego de qualidade que garantia e pelas atividades culturais e de apoio à sociedade poveira que desenvolvia.
No decorrer da concentração, teve lugar um encontro de uma delegação dos trabalhadores com o Presidente da República, que se dirigiu aos manifestantes, e a quem foi solicitado que interceda no âmbito das atribuições e competência para resolver os problemas expostos.
Os salários praticados no casino da Póvoa são muito baixos e a administração recusa negociar aumentos salariais desde 2009. Os trabalhadores já perderam 11,1% do seu salário, só por força da inflação registada.
O sindicato solicitou todos os anos reuniões para negociar aumentos salariais, mas a administração do casino recusou sempre o diálogo e a negociação.
Segundo o Sindicato da Hotelaria do Norte, o casino tem obtido uma evolução favorável das receitas do jogo, que poderia ainda obter maior receita se não tivesse praticamente todos os dias bancas encerradas por falta de pessoal. Ao invés, a empresa iniciou um processo de despedimento coletivo em outubro de 2014 e despediu 21 trabalhadores.
Como os próprios peritos nomeados pelo Tribunal do Trabalho já disseram, o casino não tinha razões para fazer o despedimento coletivo de 21 trabalhadores.
O casino da Póvoa de Varzim já empregou mais de 600 trabalhadores, mas hoje emprega apenas cerca de 250 .
O casino da Póvoa de Varzim já não garante o emprego e as atividades culturais que antes promovia, designadamente exposições, espetáculos etc., transformando-se aos poucos num autêntico armazém de máquinas automáticas para acumular lucros para os seus acionistas.
FONTE: Sindicato da Hotelaria do Norte