90% de adesão à greve no Contact Center da EDP

edp seiaOs trabalhadores do Contact Center da EDP de Seia, contratados através da Manpower, fazem hoje uma greve de 24 horas pelo aumento dos salários. A adesão à greve ronda os 90% e mais de uma centena de trabalhadores concentraram-se à porta da empresa.

Organizados no Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Norte (SITE C-N/CGTP-IN), os trabalhadores decidiram num plenário realizado a 23 de Janeiro a realização desta greve, que se manteve, uma vez que a posição patronal não se alterou.

Segundo o comunicado da Fiequimetal/CGTP-IN (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), os salários nesta empresa são baixos, o que decorre da estratégia de subcontratação implementada pela EDP há vários anos. O caderno reivindicativo de 2016 começou a ser negociado com a Manpower, depois de esta, em Maio, ter substituído a Redware (Reditus) como prestadora do serviço. Então foram exigidos aumentos salariais, tendo em conta que, desde o ano anterior, não houve actualização dos salários, excepto os que foram impostos pelo novo valor do salário mínimo nacional.

Sem resposta positiva da empresa, o sindicato e os trabalhadores exigem mais 40 euros para todos em 2017 e não abdicam de recuperar as perdas de 2016.

A federação sindical sublinha que foi conseguida a satisfação de algumas reivindicações, como o direito a pausas de 15 minutos e o aumento do subsídio de refeição, mas que a administração da Manpower não respondeu a outras questões.

Os trabalhadores ficaram particularmente descontentes com a intenção da empresa de reduzir o número de escalões salariais e alterar a forma como se processa a evolução dos trabalhadores. A Manpower pretende que, durante os primeiros quatro anos de trabalho, todos recebam o salário mínimo nacional (557 euros), que quem estiver no quinto ou sexto ano de serviço receba 560 euros, passando a receber 565 euros nos dois anos seguintes. Os trabalhadores não consideram estes salários satisfatórios e por isso reivindicam o seu aumento.

FONTE: Abril Abril