Os trabalhadores da Agência Lusa vão expressar publicamente as suas preocupações quanto ao futuro da empresa, devido ao conteúdo da proposta de Orçamento do Estado e também por causa da indefinição provocada pela falta de assinatura do contrato de interesse público, situação agravada por declarações públicas do ministro da Cultura. Estão marcadas concentrações para dias 3 e 4, junto à presidência do Conselho de Ministros e frente à Assembleia da República, e vai ainda ser enviada uma carta ao Presidente da República.
Amanhã, dia 3, a concentração junto da Presidência do Conselho de Ministros vai decorrer entre as 9h30 e as 14 horas; das 15 às 18 horas, os trabalhadores concentram-se frente à Assembleia da Republica. Na sexta-feira, dia 4, a concentração junto ao Parlamento começa às 10 horas e deverá terminar às 18.
Estas acções de protesto são promovidas pela Comissão de Trabalhadores e pelos delegados sindicais do SITE CSRA, do Sindicato dos Jornalistas e do Sitese. As organizações representativas dos trabalhadores da Lusa assinam, em conjunto, duas cartas dirigidas ao primeiro-ministro e ao Presidente da República.
Os contactos com os ministros da Cultura e das Finanças, que tutelam a empresa, foram infrutíferos e, mesmo, contraditórios.
Por um lado, suscita preocupações o adiamento injustificado da assinatura do Contrato de Prestação de Serviço Noticioso e Informativo de Interesse Público, entre o Estado e a Agência Lusa; mas essas preocupações têm igualmente a ver com o valor da indemnização compensatória inscrita na proposta de Orçamento do Estado para 2017.
O anterior contrato terminou a 31 de Dezembro de 2015 e, para além da formalização da assinatura, também deve expressar a estratégia para a agência.
No OE de 2016, houve um aumento de 20 por cento no valor da indemnização compensatória, face a 2015. Mas na proposta de OE para 2017, este aumento é anulado, ouvindo-se o ministro Castro Mendes declarar que estaria a «reequacionar» os termos do contrato.
FONTE: FIEQUIMETAL