Vigília para exigir estudos epidemiológicos para as fábricas de amianto

thumbs.web.sapoOs sindicatos do Sul e Regiões Autónomas, de Viana do Castelo e do Norte  das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores e Cortiças  e a Quercus realizaram hoje de manhã uma vigília em frente às fábricas Novinco, em Matosinhos, Cimianto, em Alhandra e Lusalite, na Cruz Quebrada (Oeiras) para lembrar as vítimas do amianto e alertar para a necessidade de realizar estudos epidemiológicos às populações envolventes a estas unidades.

Estas fábricas, as três maiores fábricas nacionais que produziram materiais com amianto, possuem uma dimensão significativa e laboraram durante mais de 50 anos utilizando este contaminante como matéria prima, suspeitando-se que tenha conduzido ao desenvolvimento de neoplasias comprovadamente associadas a essa exposição, como placas pleurais, asbestose, cancro da laringe, cancro do pulmão, mesotelioma, cancro gastrointestinal, cancro do ovário.

Apesar de comprovado o risco das fibras e a relação casual entre a sua exposição e o desenvolvimento de doenças, em Portugal não existe informação caracterizada e quantificada sobre a população laboral e ambiental exposta a amianto, nem foram realizados rastreios médicos aos antigos trabalhadores, durante os 30 anos após a exposição a estas fibras, período em que se podem desenvolver as doenças relacionadas com a exposição a este contaminante.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN e Fernando Gomes, membro da Comissão Executiva do Conselho Nacional participaram na vigília em frente à empresa Lusalite, na Cruz Quebrada, Oeiras