Enfermeiros: Protesto junto ao Hospital de Abrantes pela contagem do tempo de serviço

sep hospital de abrantes 640O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, após várias reclamações juridicamente fundamentadas por parte do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, nunca corrigiu a atribuição de pontos para efeitos de progressão a muitos enfermeiros. Enfermeiros com 20 a 25 anos de trabalho permanecem assim na primeira posição da tabela remuneratória, como um recém-licenciado.

 Nota à Imprensa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:

Centro Hospitalar Médio Tejo
Protesto junto ao Hospital de Abrantes pela contagem de todo o tempo de serviço, amanhã, 11 horas
Conferência imprensa, dia 29 de julho | 11h30
Junto à entrada do Hospital de Abrantes

O descongelamento de progressões devido desde janeiro de 2018 está ainda por cumprir para os enfermeiros. O Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT) não avaliou os enfermeiros, durante períodos diferenciados, nos anos compreendidos entre 2004 e 2014. Imputou aos enfermeiros as consequências da não realização da avaliação. Já por diversas vezes, o SEP tentou resolver o problema junto da atual Administração. E sempre sem soluções.

Os enfermeiros na linha da frente cumprem diariamente a missão que lhes é confiada, com todo o profissionalismo, mas não veem concretizadas medidas de reconhecimento concreto por parte do Governo.

O Conselho de Administração do CHMT, após várias reclamações juridicamente fundamentadas por parte do SEP, nunca corrigiu a atribuição de pontos para efeitos de progressão a muitos enfermeiros da instituição conduzindo muitos profissionais a estarem muitos anos sem qualquer progressão. Enfermeiros com cerca de 20/25 anos de trabalho, e que não contando todo o tempo de serviço, permanecem assim na primeira posição da tabela remuneratória como um recém-licenciado. A diferenciação entre colegas que exercem as mesmas funções, mas de que acordo com o vínculo, tem direito diferentes, é injusta e imoral.

A posição intolerável do Governo perante a discriminação dos enfermeiros, o contínuo arrastar de problemas, mesmo com enquadramento jurídico, conduzem a que os profissionais estejam desmotivados. Porque apesar de serem responder ao que lhes é solicitado, não lhes são resolvidos os problemas progressão e são ignorados totalmente.

A não transição dos especialistas, inclusive que já detiveram a categoria, continua a discriminar os colegas com mais competências diferenciadas, a auferir remuneração como enfermeiro.

Consideramos que é uma discriminação inadmissível, mais gravosa ainda no atual contexto, consubstanciando um desrespeito pelo empenho destes profissionais.