Concentração no dia 24 de dezembro, à porta da NOS, Campanhã, Porto, das 10h00 até às 12h00.
Os trabalhadores nos Contact Centers consideram ser determinante continuar a dar ampla expressão a uma luta da qual não podem desistir ou abrandar até conseguirem atingir os seus objectivos, no sentido de deixarem de continuar a serem reféns de um modelo económico de baixos salários e de uma legislação que os condena eternamente a vínculos precários, situação que obriga a uma luta permanente nas empresas e na rua, exigindo a valorização salarial compatível com a elevada responsabilidade no exercício das suas funções que continua na generalidade a ter como referencia o salário mínimo salarial, assim como do Governo se exige medidas concretas que visem a revisão urgente da legislação para acabar com este flagelo da precariedade no trabalho que na actividade dos call centers atinge mais de 100 mil trabalhadores, muitos deles há mais de 20 anos a darem a cara pelos grandes Operadores, seja na Altice MEO, NOS, Vodafone, EDP e outras..., cuja relação e natureza do trabalho permanente se justifica um vinculo contratual com estas empresas e não manterem-se ligados a empresas de trabalho temporário ou outsourcing, que não lhes garante futuro e que não valoriza as suas capacidades de trabalho.
Neste contexto, consideram os trabalhadores que esta greve encerra um ano de intensa luta, mas que não pode ficar suspensa, a continuação no ano 2020 será determinante, não somente como aviso às empresas de que a política de baixos salários tem que mudar, como também na responsabilização da Assembleia da Republica para pôr termo à vergonha da precariedade e suas graves consequências na vida de muitos milhares de trabalhadores, impondo-se a necessidade urgente de implementar normas legislativas muito restritas de modo a impedir empresas reincidentes no recurso a alternativas externas para a prestação de serviços permanentes e assumirem a admissão destes trabalhadores nos seus quadros efectivos.
Com esta razão, na véspera de Natal, dia 24, entre as 10h e as 12h, os trabalhadores escolheram a NOS Comunicações, em Campanhã-Porto, como palco para a concentração que visa objectivamente enviar uma mensagem às Empresas e ao Governo, que a estabilidade social e laboral nos Contact Centers vai depender da disponibilidade das empresas para o dialogo social que para o devido efeito se exige, e a vontade política que de igual modo se exige do Governo para um debate responsável com resultados concretos que se identifiquem com as aspirações das dezenas de milhares de trabalhadores, espelhadas nas suas reivindicações que sustentam uma luta duradoura e muito difícil, mas confiantes em atingirem os seus objectivos.
Fonte: SINTTAV