Grupo Trofa Saúde não respeita os direitos dos trabalhadores

Hospital TrofaO Grupo Trofa Saúde, um dos maiores grupos económicos do setor da hospitalização privada em Portugal, não respeita minimamente os direitos dos trabalhadores.

O Grupo começou por abrir em 1999 o Hospital Privado da Trofa e tem vindo a crescer sucessivamente, tendo atualmente 15 unidades de saúde, mas este crescimento tem sido feito muito à custa da exploração dos trabalhadores, dos salários baixos praticados e do incumprimento da Lei e da contratação coletiva

O Grupo implementou um sistema de banco de horas, sem o acordo da esmagadora maioria dos trabalhadores e, sequer, consulta aos mesmos e aos delegados sindicais. Contudo, nem o sistema implementado as empresas do grupo respeitam, obrigando os trabalhadores a fazerem 10, 12 e mais horas diárias sem pagamento de qualquer trabalho suplementar. Os trabalhadores nunca sabem o horário que vão cumprir, são prolongados os horários sem o seu acordo ou consulta. Os trabalhadores são confrontados com dezenas de horas alegadamente negativas e obrigados a trabalhar em dia de descanso semanal para compensar as mesmas. Estes horários longos e imprevisíveis põem em causa, de forma grave, a saúde dos trabalhadores e o direito constitucional à conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar.

Mas há muitos mais problemas que o Grupo Trofa Saúde tarda a resolver, apesar das reclamações e protestos dos trabalhadores e do sindicato, como são os casos do não pagamento do subsídio de turno na percentagem de 15% conforme estabelece a contratação coletiva a quem trabalha para além das 23 horas; o não pagamento de trabalho suplementar; as alterações aos horários de trabalho sem consulta prévia dos delegados sindicais; a não classificação dos trabalhadores conforme as funções que exercem; as polivalências desvalorizavas; a falta de formação profissional; as alterações ilegais ao mapa de férias; a falta de quadros para a informação sindical; os contratos a termo ilegais; a precariedade; a não aplicação da contratação coletiva aos trabalhadores do call center da Trofa; o clima de pressão existente, etc..

O sindicato já reuniu com o grupo, mas este poucos problemas resolveu.

Foi solicitada a intervenção da ACT nas diversas unidades há 7 meses, mas até à data a ACT não autuou a empresa, sendo, deste modo, também responsável pelo clima de incumprimento da Lei e da contratação coletiva existente.

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte