Corticeira Amorim: Acções em alta e salários em baixa

No mesmo dia em que as acções da Corticeira Amorim eram negociadas em alta na Bolsa, com um encaixe financeiro de 43,7 milhões de euros, decorriam as negociações salariais do CCT – Contrato Colectivo de Trabalho do sector, com a associação patronal a apresentar uma proposta de 14,73 euros para actualização dos salários e 5 cêntimos para o subsídio de refeição, recusando todas as restantes propostas sindicais no sentido da melhoria das condições de trabalho.

Esta recusa patronal significa: a recusa dos 25 dias úteis de férias; a manutenção da discriminação nas diuturnidades (não abrangem os trabalhadores fabris); o não pagamento do complemento por doença profissional e a não inclusão de uma cláusula nova sobre o combate ao assédio nas empresas corticeiras.

São razões bastantes, com base no mandato dos trabalhadores, para a convocação de uma Semana de Luta de 24 a 28 de Junho, com uma greve nacional do sector e diversas concentrações de rua.

FONTE: FEVICCOM