Contra os baixos salários e a precariedade, os trabalhadores dos Call Centers da NOS e MEO estarão em greve no dia 23 de Maio.
Os call centers são uma actividade em crescimento, nas empresas prestadoras de serviços o volume de negócios aumenta e os lucros multiplicam-se por muitos milhões de euros e para os trabalhadores sobra o mínimo salarial, assim acontece nas empresas Manpower, Rhmais, Egor Outsourcing e outras que prestam serviços para os grandes operadores como na NOS e na MEO Altice.
A greve abrange todos os trabalhadores da Manpower e RHmais, seja qual for a sua atividade, local de trabalho e regime de horário, com início às 00h00 e termina às 01h00 do dia 24 Maio, tendo como objectivo defender um justo Aumento Salarial e melhores condições de trabalho no âmbito da luta contra a precariedade.
Na NOS, em Campanhã, no Porto, os trabalhadores vão estar concentrados a partir das 10h até às 12h junto ao edifício onde estão instalados os serviços, para deste modo manifestarem o seu descontentamento contra a política dos baixos salários para trabalho qualificado e pelo termo à precariedade no trabalho que continua a constituir uma vergonha nacional .
Estas empresas não têm argumentos para continuar a justificar-se com a crise económica, porque a actual realidade demonstra que a economia cresce, as empresas a terem mais lucros e neste quadro favorável não é admissível que, em tipo de “cartel combinado”, continuem focadas numa política de baixos salários e assim mantenham os trabalhadores desmotivados e a procurarem mudar de vida, porque trabalhar num call center pelo salário mínimo nacional, os trabalhadores afirmam “já mais”.
Os trabalhadores não desistem de lutar por salário compatível com o elevado nível de responsabilidade e qualidade espelhada nas funções que desempenham e não serão os “prémios” que substitui a reivindicação salarial e os demais direitos, tendo em conta que o papel dos supostos prémios não será apenas para mascarar baixos salários, mas, objectivamente para as empresas tentarem justificar que, com a compensação complementar no salário, já pouco ou nada fará sentido a luta reivindicativa. Quando os trabalhadores estão convictos da sua razão e de que vale sempre a pena lutar, nada adiantará a “chantagem ou pressão” que as empresas ,através das suas marionetas do costume, exercem para os demover da luta por melhores condições de vida e de trabalho.
FONTE: SINTTAV - Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual