A trabalhadora Cristina Tavares, vítima de assédio na corticeira Fernando Couto, foi ontem notificada do seu despedimento, acusada de difamar a empresa por denunciar a sua situação.
Recorde-se que a corticeira foi autuada em 31 mil euros pela ACT, em Novembro passado, precisamente por assédio a esta trabalhadora.
Logo após a multa, a corticeira Fernando Couto instaurou um processo disciplinar com vista ao despedimento da operária, com o pretexto de ter difamado a empresa condenada.
Na empresa, Cristina Tavares já foi vítima de um despedimento ilegal em 2017 mas recorreu o tribunal, que lhe deu razão e obrigou a empresa a indemnizá-la e reintegrá-la.
Quando foi reintegrada por decisão do Tribunal, em Maio do ano passado, a trabalhadora foi posta de “castigo”a carregar e descarregar uma palete com os mesmos sacos de rolhas.
Num trabalho completamente improdutivo, Cristina Tavares esteve durante todo o Verão a carregar e descarregar a palete com os mesmos sacos, com 15 a 20 quilos, ao sol, num ambiente com temperaturas às vezes superiores entre os 40 e os 45 graus centígrados, onde sofreu de constantes hemorragias nasais.
Ler Comunicado do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte