A greve dos trabalhadores dos trabalhadores do SUCH - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais encerrou, ontem, o refeitório do Hospital de Portimão e o serviço de rouparia do Hospital de Lagos.
Os trabalhadores do SUCH - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, que trabalham no Centro Hospitalar do Algarve, estiveram ontem em greve contra a falta de condições de trabalho, especialmente devido à falta de trabalhadores nas secções, pela correcta atribuição das categorias profissionais e respectivos salários, pelo pagamento do abono para falhas, por mais e melhor fardamento, incluindo sapatos, pela defesa dos direitos e pelo fim do assédio moral. Os trabalhadores contestam também o facto de o SUCH estar a recorrer a empresas de trabalho temporário para colocar os trabalhadores em falta, quando estes são necessários para responder a necessidades permanentes.
Devido à greve de hoje o refeitório do Hospital de Portimão encerrou. Em consequência de greve foi afectado também o serviço no Hospital de Lagos, onde o serviço de rouparia esteve encerrado. No Hospital de Faro a greve não passou despercebida, tendo o sindicato marcado presença com os delegados sindicais dos três hospitais junto dos trabalhadores.
Na parte da tarde a Comissão Sindical entregou uma resolução ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve onde se explica as razões da luta destes trabalhadores, resolução essa que também foi enviada ao SUCH e aos gabinetes dos Ministérios da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Há mais de um ano que os trabalhadores e o Sindicato exigem a resolução dos problemas existentes nos serviços de alimentação e rouparia do Centro Hospitalar do Algarve, que já foram denunciados em diversas reuniões com o SUCH, com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve e com o Secretário de Estado da Saúde. Mas os problemas não são resolvidos e continuam a agravar-se.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve exige medidas urgentes por parte do Governo para se repor urgentemente os trabalhadores em falta nos serviços de alimentação do Centro Hospitalar do Algarve, não permitindo o recurso a vínculos precários para preencher postos de trabalho permanentes. Além disso, é urgente que o Governo tome também as medidas necessárias para que o SUCH, que é tutelado pelo Ministro da Saúde, respeite os direitos dos trabalhadores, nomeadamente o Acordo de Empresa em vigor que foi publicado em 2016.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve irá continuar a acompanhar a situação destes trabalhadores, reafirmando toda a disponibilidade para adoptar as formas de luta necessárias até que o Governo e o SUCH resolvam os problemas que estão a afectar gravemente as condições de trabalho e de vida dos trabalhadores mas também a qualidade do serviço prestado a profissionais e utentes do Centro Hospitalar do Algarve.
FONTE: Sindicato da Hotelaria do Algarve