Apesar da tentativa de impedir o debate sobre a situação social no grupo Luz Saúde com os trabalhadores do Hospital Luz Saúde Guimarães, que não disponibilizou instalações, o Sindicato da Hotelaria do Norte contornou essa dificuldade e fez o levantamento dos problemas, conforme divulgou hoje num Comunicado à Imprensa:
“O objetivo do sindicato era debater a situação social no grupo Luz Saúde, designadamente o facto de estarem a forçar a transferência dos trabalhadores do Call Center de Vila Nova de Gaia para a Póvoa de Varzim.
Face à situação, o sindicato decidiu distribuir o comunicado aos trabalhadores no interior onde existe acesso público - que a empresa tentou impedir sem êxito - e à porta do hospital, onde falou com mais de 70 trabalhadores que entravam e saiam do emprego e tomou nota dos problemas:
- Os horários são alterados semanalmente, por vezes de um dia para o outro, não permitindo o direito à conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar do trabalhador;
- Os trabalhadores muitas vezes não têm dois dias de descanso semanal consecutivos;
- Os trabalhadores têm de pedir (por favor) para irem à casa de banho e para tomar uma pequena refeição;
- Muitos trabalhadores não estão classificados de acoro com as funções que exercem e a antiguidade que detêm;
- As auxiliares de ação médica mais antigas não estão classificadas como auxiliar de ação médica especialista conforme obriga o CCT e por isso a empresa deve-lhes cerca de 10 mil euros a cada uma;
- Há trabalhadores a quem não lhes é pago o subsídio de turno.
- Há um clima de medo neste hospital;
- Os trabalhadores deste hospital são discriminados em relação aos demais do Grupo Luz Saúde.
Foram estas as razões e não outras que levaram a empresa a proibir a reunião e a tentar impedir o contacto com os trabalhadores e a descoberta das verdades.
O sindicato vai solicitar uma reunião à empresa para tratar estes assuntos, e se não forem resolvidos, vai denunciar a situação às autoridades.”
FONTE: Sindicato da Hotelaria do Norte