A produção na fábrica da Secil no Outão, em Setúbal, está hoje parada por causa da greve de três dias dos trabalhadores, que reclamam aumentos salariais e reposição de direitos laborais inscritos na contratação coletiva.
Segundo fonte do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Construção, afeto à CGTP-IN, o primeiro turno, que arrancava às 00:00 e que é responsável pelo funcionamento dos fornos, teve uma adesão de 100%. (ver nota da FEVICCOM)
Em declarações à agência Lusa, Pedro Jorge, do sindicato, explicou que a greve está “a correr como os trabalhadores tinham decidido”, com uma adesão de 100% tanto nos fornos como nos moinhos e na expedição do material em stock.
Pedro Jorge, que pelas 08:40 se mantinha à entrada da Secil do Outão, junto do piquete de greve, explicou ainda que a adesão de 100% ocorre em todos os turnos que deveriam ter entrado até agora – 00:00 e 08:00 – e deverá manter-se no das 16:00.
No ano passado, segundo o sindicato, cerca de 80 trabalhadores fizeram um abaixo-assinado exigindo à empresa um aumento salarial de 40 euros por mês, além do cumprimento de outros direitos laborais.
Contudo, a empresa não respondeu e não aceita negociar o caderno reivindicativo, nomeadamente o acordo de empresa, que os trabalhadores dizem não estar a ser cumprido.
A greve prolonga-se até dia 01 de junho, inclusive.
A Secil é detida pela Semapa, ‘holding’ que tem como acionista maioritária a família Queiroz Pereira.
Fonte: SAPO24