Os trabalhadores da Petrogal estão em greve para defender a contratação colectiva e melhorar os salários, entre outras reivindicações. Hoje iniciam uma vigília de dirigentes sindicais e outros representantes dos trabalhadores – que vão repeti amanhã e depois - em frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, entre as 9 e as 17 horas.
Com um nível de adesão superior a 80 por cento, iniciou no sábado a greve dos trabalhadores da Petrogal (Grupo Galp Energia) que se prolongará até dia 10 de Maio, quarta-feira.
A greve começou às 6h00 de sábado, na refinaria do Porto, e às 8h00, na refinaria de Sines. No Porto (em Leça da Palmeira, Matosinhos) a adesão dos trabalhadores foi superior a 80 por cento, no primeiro turno, e a produção da empresa ficou reduzida ao mínimo. Em Sines, duas das três fábricas ficaram com a produção nos mínimos.
Os trabalhadores estão em luta pelos seguintes objectivos:
- Parar a ofensiva da Administração contra a contratação colectiva e os direitos sociais;
- Melhorar os salários e a distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores;
- Defender os regimes de reformas, de saúde e outros benefícios sociais, alcançados com muita luta, ao longo de muitos anos de trabalho e de riqueza produzida;
- Defender os direitos específicos dos trabalhadores de turnos e travar a intenção da Administração de desregulação e aumento dos horários, incluindo por via do famigerado «banco de horas», para tentar pôr os trabalhadores a trabalhar mais por menos salário.
Nas ruas
Nesta segunda-feira, dia 8, pelas 8h00, o piquete de greve e dirigentes do SITE Norte e da Fiequimetal realizaram uma iniciativa pública, na entrada principal da refinaria do Porto, para fazer o balanço do início da greve e delineadas as perspectivas para os dias seguintes.
Em, Lisboa, frente ao Ministério do Trabalho (Praça de Londres), iniciou-se hoje, às 9h00, uma acção de protesto, que decorre até às 17h00. Esta vigília de dirigentes sindicais e outros representantes dos trabalhadores da Petrogal repete-se nos dias 9 e 10, enquanto decorre a greve.
Do Governo exige-se que respeite, promova e faça cumprir na Petrogal os direitos legais e constitucionais de negociação e de contratação colectiva, e que garanta o pleno exercício do direito de greve, abstendo-se de emitir despachos anti-greve. Deve ainda garantir o cumprimento de todos os direitos dos trabalhadores.