O Sindicato da Hotelaria do Norte realizou hoje uma acção à porta do Hotel Crowne Plaza Porto pelo pagamento do valor devido nos feriados, pela negociação do Caderno Reivindicativo, por aumentos salariais dignos e contra a precariedade.
O sindicato está realizar, neste período alto da Páscoa, acções de denúncia e protesto à porta dos hotéis que não responderam à proposta sindical de Caderno Reivindicativo apresentado e nas Pousadas de Portugal onde decorrem negociações.
Nos próximos dias vão realizar-se outras acções idênticas: dia 13, no Hotel Palace Vidago, pertencente ao grupo Unicer, que não dá aumentos salariais a estes trabalhadores há 6 anos e discrimina-os nos prémios e regalias sociais; dia 14, na Pousada do Freixo, onde o grupo Pestana deixou de aplicar o Acordo de Empresa e está a retirar direitos; dia 17 no hotel Ipanema Park pertencente ao grupo Hotéis Fénix, onde os salários não são aumentados há 6 anos e o trabalho em dia feriado não está a ser bem pago.
Os 35 Cadernos Reivindicativos apresentados, que envolvem mais de 40 estabelecimentos e mais de 2.000 trabalhadores, já deram bons resultados. Os aumentos percentuais conquistados vão de 1% a 3%, mas há aumentos fixos que vão de 10 a 30 euros e que, no caso dos 30 euros, ultrapassam largamente estas percentagens. Para além dos aumentos salariais, foram repostos muitos direitos como diuturnidades, progressão na carreira, pagamento devido dos feriados, subsídio nocturno, subsídio de alimentação nas férias, etc.
Os últimos dados da taxa de ocupação para a época pascal de 2017 fornecidos pela TPNP indicam que os hotéis do Porto e do Norte de Portugal estão quase esgotados, registando-se também um aumento de estada média de três para quatro dias, com os hóspedes a optarem por sair na segunda-feira de Páscoa, em vez de no domingo de Páscoa.
Apesar da excelente situação económica que o setor da hotelaria, restauração e turismo vive, o patronato do setor insisti na recusa de aumentos salariais desde 2011, na retirada de direitos e na caducidade do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).
Face à posição incompreensível e inaceitável da associação patronal APHORT, o sindicato pôs em marcha um plano de discussão nos locais de trabalho dos problemas e anseios mais importantes e sentidos dos trabalhadores e, constituindo Cadernos Reivindicativos, levou à discussão com as empresas todas as reivindicações dos trabalhadores, individuais e colectivas.