A Fundação Domus Fraternitas, uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) de Braga, gerida pela Ordem Franciscana e dirigida por um enfermeiro acusado de "ameaçar e oprimir" os funcionários, tem que, a partir de janeiro, começar a regularizar os contratos de trabalho dos colaboradores a recibos verdes e atualizar os restantes salários - só no caso dos enfermeiros, a atualização é na ordem dos 100 euros.
A informação foi avançada ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, na última semana, pelo inspetor Vítor Guimarães, da Autoridade para as Condições do Trabalho. Segundo o dirigente sindical Nélson Pinto, "a pressão continua" e as queixas contra o diretor-geral, Nélson Ferreira, chegam "todas as semanas". Só dos enfermeiros, pelo menos três estão de baixa. Uma das razões prende-se com os horários de trabalho fixos. "Conhecemos uma enfermeira que, mesmo com atestado médico a dizer que não pode trabalhar de noite, porque tem alteração de padrão de sono, foi colocada nesse horário", lamentou Nélson Pinto, que exige uma adequação do horário de trabalho.
É essa uma das reivindicações que quer levar a uma nova reu- . nião que solicitou com o diretorgeral para dia 7. Aquele não falou com o IN, mas o presidente da fundação, frei Herminio Araújo, mostrou-se disponível para reunir com o sindicato. "Estamos a tentar encontrar as melhores soluções. Podem é não ser imediatas", afirmou, garantindo estar atento às queixas sobre o diretorgeral. "Estamos em fase de averiguação", afirmou. S.F.
FONTE: Jornal de Notícias