Mais de 20 mil milhões de dólares perdidos anualmente com trabalho forçado

O Relatório da OIT de 2009 sobre o trabalho forçado, ainda não disponível em Português, mas já em Inglês, Francês ou Espanhol, refere que mais de 20 mil milhões de dólares/ano são perdidos em salários que não são pagos a trabalhadores vítimas de trabalho forçado.

OIT  Novo Relatorio Global 2009Relatório Global de 2009 “the cost of coercion” (o custo da coerção n.d.r.)

Já o último relatório da OIT sobre trabalho forçado de 2005 referia o facto de cerca de 12,3 milhões de trabalhadores em todo o mundo serem vítimas de alguma forma de trabalho forçado.

Desta vez, em 2009 a OIT foi mais longe ao prever a estimativa de 20 milhões de dólares/ano de prejuízo com salários não pagos a trabalhadores vítimas deste tipo de trabalho.

O relatório refere mesmo que o número de práticas inescrupulosas, fraudulentas e criminosas que podem levar as pessoas a situações de trabalho forçado, têm vindo a aumentar sucessivamente nos últimos anos. Lembramos a este propósito, as notícias sobre os Portugueses vítimas de trabalho forçado na Holanda e na Espanha ou os casos de fraude na Alemanha.

Infelizmente este tipo de práticas não afecta apenas os trabalhadores emigrantes portugueses, mas os trabalhadores estrangeiros em Portugal. De acordo com fonte do Departamento de Migrações da CGTP-IN, situações de trabalhadores estrangeiros sujeitos a fraude relacionada com a sua actividade laboral (prestar o trabalho sem que sejam pagos pelo mesmo) também são bem conhecidas no nosso país.

“O trabalho forçado é a antítese do trabalho decente” refere o Director Geral da OIT, Juan Somavia. “este tipo de trabalho causa um sofrimento incalculável nas suas vítimas”.

Contudo, Juan Somavia deixa uma mensagem de esperança no sentido de se construírem soluções e instrumentos de combate ao que diz ser o “trabalho forçado moderno”, não deixando também de alertar para o impacto que a actual crise mundial na situação actual do emprego mundial.

Caso pretenda mais informação ou descarregar o relatório aceda a

http://www.ilo.org/global/About_the_ILO/Media_and_public_information/Press_releases/lang--en/WCMS_106219/index.htm

por Hugo Dionísio 

 

 
 
 
 
 

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