Jornalista Tem Que Sentir-se Livre

Comunicado à Imprensa nº 15/05
No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a CGTP-IN quer saudar os jornalistas e todos os profissionais de Comunicação Social que cumprem o seu dever de informar com rigor, objectividade e isenção, muitas vezes à custa de sacrifícios extremos. Tendo em conta a forma como o mundo está e como o grande capital se reorganiza para alargar e afirmar o seu predomínio sobre o imensa maioria dos cidadãos, informar de forma livre e isenta é cada vez mais um acto de coragem e de risco. 

Comunicado à Imprensa nº 15/05

 

 

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

JORNALISTA TEM QUE SENTIR-SE LIVRE

 

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a CGTP-IN quer saudar os jornalistas e todos os profissionais de Comunicação Social que cumprem o seu dever de informar com rigor, objectividade e isenção, muitas vezes à custa de sacrifícios extremos. Tendo em conta a forma como o mundo está e como o grande capital se reorganiza para alargar e afirmar o seu predomínio sobre o imensa maioria dos cidadãos, informar de forma livre e isenta é cada vez mais um acto de coragem e de risco. 

 

Também em Portugal, a liberdade de imprensa é cada vez mais um conceito que perde  conteúdo, em resultado dos fortes condicionalismos em que os profissionais da informação trabalham e também da concentração acelerada dos media nas mãos de alguns, poucos, grupos económico-financeiros. Começa a sentir-se, com acuidade, a necessidade de introduzir na legislação portuguesa  mecanismos  capazes de travar as intromissões e os desmandos das entidades patronais e, em alguns casos, dos detentores do poder político e/ou económico nos meios e juntos dos profissionais de informação. Os jornalistas têm que se sentir livres para que haja uma informação responsável, objectiva e plural. Por isso terão que ser ouvidos, em particular através do seu sindicato, sobre tudo o que tenha a ver com as condições em que produzem a informação. 

 

Os grandes desafios que se colocam ao país, no plano do seu desenvolvimento económico e social, exigem que se cumpra efectivamente em Portugal o direito de informar e o de ser informado. Não se constrói o futuro com base em manipulações, desinformações, silenciamentos e mentiras. Só a verdade ilumina caminhos. A informação terá que reflectir a diversidade de interesses que se verifica na sociedade.

 

Lisboa, 2005-05-03                                        DIF/CGTP-IN