Trabalhadores da Lusa preocupados com futuro da empresa

20161102Lusa sede arquivoOs trabalhadores da Agência Lusa vão expressar publicamente as suas preocupações quanto ao futuro da empresa, devido ao conteúdo da proposta de Orçamento do Estado e também por causa da indefinição provocada pela falta de assinatura do contrato de interesse público, situação agravada por declarações públicas do ministro da Cultura. Estão marcadas concentrações para dias 3 e 4, junto à presidência do Conselho de Ministros e frente à Assembleia da República, e vai ainda ser enviada uma carta ao Presidente da República.

Amanhã, dia 3, a concentração junto da Presidência do Conselho de Ministros vai decorrer entre as 9h30 e as 14 horas; das 15 às 18 horas, os trabalhadores concentram-se frente à Assembleia da Republica. Na sexta-feira, dia 4, a concentração junto ao Parlamento começa às 10 horas e deverá terminar às 18.

Estas acções de protesto são promovidas pela Comissão de Trabalhadores e pelos delegados sindicais do SITE CSRA, do Sindicato dos Jornalistas e do Sitese. As organizações representativas dos trabalhadores da Lusa assinam, em conjunto, duas cartas dirigidas ao primeiro-ministro e ao Presidente da República.

Os contactos com os ministros da Cultura e das Finanças, que tutelam a empresa, foram infrutíferos e, mesmo, contraditórios.

Por um lado, suscita preocupações o adiamento injustificado da assinatura do Contrato de Prestação de Serviço Noticioso e Informativo de Interesse Público, entre o Estado e a Agência Lusa; mas essas preocupações têm igualmente a ver com o valor da indemnização compensatória inscrita na proposta de Orçamento do Estado para 2017.

O anterior contrato terminou a 31 de Dezembro de 2015 e, para além da formalização da assinatura, também deve expressar a estratégia para a agência.

No OE de 2016, houve um aumento de 20 por cento no valor da indemnização compensatória, face a 2015. Mas na proposta de OE para 2017, este aumento é anulado, ouvindo-se o ministro Castro Mendes declarar que estaria a «reequacionar» os termos do contrato.

FONTE: FIEQUIMETAL