Hoje há greve dos trabalhadores das cantinas escolares do Porto. Um protesto contra a precariedade. O Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria do Norte avança que a Eurest, a concessionária das cantinas, está a recorrer a empresas de trabalho temporário de forma constante.
TVI (Ver vídeo)
Comunicado de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte:
GRANDE ADESÃO NAS CANTINAS DAS ESCOLAS DO 1.º CICLO E JARDINS DE INFÂNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO
A greve dos trabalhadores das cantinas escolares do 1.º ciclo e jardins de infância da Câmara Municipal do Porto que está a decorrer durante o dia hoje tem uma grande adesão.
Há 53 cantinas encerradas devido à greve e não vão ser servidas cerca de 5 mil refeições e cerca de 5 mil lanches. O sindicato estima uma adesão superior a 90%, sendo a maior greve de sempre nestas cantinas.
Os trabalhadores em greve concentraram-se à porta da Câmara Municipal DO Porto onde uma delegação sindical entregou uma moção aprovada pelos trabalhadores solicitando uma reunião com carácter urgente para dia 30 do corrente, com a presença da Eurest.
Nestas cantinas trabalham cerca de 200 trabalhadores, sendo apenas 22 efetivos.
O conflito instalado deveu-se ao facto de a Eurest, que habitualmente contrata diretamente os trabalhadores para todo o ano letivo, este ano ter empurrado a sua contratação para empresas de trabalho temporários e ter feito constar que serão contratados a termo incerto e, no máximo, durante apenas 3 meses.
A Eurest, que pertence a uma multinacional, que recebeu, e recebe. apoios do Estado, está a despedir trabalhadores ou a não contratar trabalhadores que trabalharam no ano letivo anterior.
Devido à greve, há escolas que vão encerrar durante todo o dia ou da parte de tarde.
A Câmara Municipal do Porto, a quem compete fiscalizar o Caderno de Encargos, não o faz, dando, assim, cobertura aos abusos e às ilegalidades praticadas pela Eurest.