Defender os postos de trabalho na COVIBUS

PlenarioCOVIBUSOs trabalhadores da COVIBUS que tem sido operada pelo grupo Avanza, reuniram ontem em plenário e decidiram:1º- Mandatar o Strup enquanto seu Sindicato representativo, para em seu nome dinamizar e levar á prática junto de todos os envolvidos no processo, as acções entendidas como necessárias para clarificar, responsabilizar e salvaguardar os direitos legais que a lei lhe confere.

2º- Fazer chegar esta decisão á Câmara Municipal, Transdev, Covibus e também a todas as bancadas parlamentares locais com assento na Assembleia Municipal, aos grupos parlamentares da Assembleia da República e ao Primeiro Ministro, demonstrando a sua determinação com a convicção, que tudo farão para que vejam reconhecidos todos os seus direitos legais e não continuem futuramente, a ser tratados com o desdém e o desprezo que a actual situação está a demonstrar.

3º- Por último, os trabalhadores decidem, (caso não sejam reconhecidos os seus direitos, nomeadamente o direito ao trabalho e a sua antiguidade nos termos consignados na lei e na própria contratação colectiva), reservar-se no direito de não retomar o serviço até satisfação total das suas justas reivindicações.

Os Trabalhadores apenas reivindicam a continuidade da garantia do seu posto de trabalho com carácter permanente, já que o que muda, é apenas o prestador de serviços, mantendo-se a responsabilidade na Câmara Municipal da Covilhã, pelo que a TRANDEV está obviamente obrigada a assumir a passagem da totalidade dos mesmos, com todos os direitos laborais adquiridos.

Até ao momento a operação da COVIBUS é assegurada pelo grupo espanhol AVANZA a quem os trabalhadores têm um vínculo laboral.

No entanto a Câmara Municipal da Covilhã, que é a detentora do serviço de transportes, cessou o actual contrato com a AVANZA tendo feito um contrato com a TRANSDEV para operar nos próximos seis meses, sem acautelar a questão da obrigação da transmissão dos trabalhadores, o que leva a nova operadora a dizer que só aceita os trabalhadores com um contrato a prazo de seis meses.

Ou seja, o que se está a pedir aos trabalhadores é que abdiquem de um vínculo efectivo para o substituírem por um a prazo, para continuarem a desempenhar as mesmas tarefas numa actividade com carácter permanente e isso os trabalhadores não aceitam e por isso se disponibilizam a lutar na defesa dos seus direitos.

É pois, inadmissível que as entidades envolvidas neste processo (Câmara Municipal, Transdev e Covibus) sejam tão insensíveis á parte humana da empresa e queiram através de formas persuasoras e algumas até intimidatórias, levar a que sejam os próprios trabalhadores a assinar a sua própria condenação, privando-os do direito legal que lhe cabe no que respeita á garantia do seu posto de trabalho futuro e da sua própria antiguidade.

Fonte: FECTRANS