Greve paralisou as três fábricas da DS Smith

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A elevada adesão dos trabalhadores à greve de 24 horas paralisou, na sexta-feira, as três fábricas da DS Smith. Em Albarraque esteve a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha. A luta prossegue com greve ao trabalho extra.

Concentrados em piquete de greve no exterior das instalações, os trabalhadores da Nova DS Smith - Embalagens SA, com unidades fabris em Guilhabreu (Vila do Conde), Marrazes (Leiria) e Albarraque (Sintra), deram uma expressiva resposta à intransigência da administração na negociação da revisão do Acordo de Empresa.

Até ao final de Agosto, está convocada greve ao trabalho extraordinário.

Os trabalhadores, organizados nos sindicatos SITE Norte e SITE CSRA, estão em luta pelo aumento dos salários, pelo fim das discriminações, pela igualdade salarial, pelo fim do corte geracional, por trabalho igual com direitos iguais, pelo fim dos vínculos precários e em defesa dos direitos que emanam do Acordo de Empresa.

As propostas patronais não valorizam o trabalho nem os trabalhadores e insistem em aprofundar as discriminações entre gerações quanto ao valor do trabalho.

Em plenários realizados a 9, 14 e 15 de Julho, os trabalhadores das três fábricas decidiram não aceitar a proposta final da administração, que preconizava aumentos salariais de um por cento (assegurando um mínimo de 10 euros em salários até 1000 euros), e mais um por cento nas outras matérias de expressão pecuniária, o que resultaria em aumentos entre 12 e 15 euros.

Esta proposta não acompanha os bons resultados do Grupo DS Smith em 2019 e no primeiro semestre de 2020.

Em defesa do AE, exige-se a sua aplicação no plano dos direitos, que são postos em causa diariamente, e no plano das categorias e carreiras profissionais (contra a utilização de mão-de-obra com vínculos precários durante largos períodos de tempo e ocupando postos trabalho permanentes), bem como na garantia de condições de trabalho dignas.

O Grupo DS Smith, originário do Reino Unido e hoje com 30 mil trabalhadores em 34 países, comprou o grupo espanhol Europac Embalagens, em Janeiro de 2019, e os resultados financeiros das fábricas em Portugal contribuíram para os lucros da multinacional compradora, que no ano de 2019 tiveram um crescimento de cinco por cento.

FONTE: FIEQUIMETAL