Professores exigem o fim da paralisia negocial e substituição do Ministro da Educação

Mais de 400 professores e educadores, em representação de escolas de todo o país, reuniram esta quarta-feira em Lisboa para definir as estratégias de ação e de luta a desenvolver para alcançar os objectivos reivindicativos do sector.

Após a análise do Orçamento aprovado para a Educação em 2020 e da postura assumida pelo Ministro da Educação na reunião com as organizações sindicais do passado dia 22 de Janeiro, os docentes decidiram que chegou a hora de “instar junto do Primeiro-Ministro a substituição do actual Ministro da Educação por quem seja conhecedor dos problemas do sector, tenha propostas para os resolver, respeite os professores nos seus direitos e nas suas condições de trabalho e tenha a atitude democrática de manter abertas linhas de diálogo e negociação que vão para além das suas próprias opiniões e agenda, considerando as organizações sindicais como parceiros dotados de autonomia e não como entidades que, para serem tidas em conta, deverão alinhar pela sua vontade e sujeitar-se, sem condições nem protestos, às suas intenções”.

Para além disso, a FENPROF pretende forçar a negociação das principais reivindicações dos professores, como a normalização da carreira docente, nomeadamente com a recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias de tempo de serviço cumprido e com a progressão dos professores retidos nos 4º e 6º escalões; o rejuvenescimento da profissão, com a efectivação do direito de acesso à pré-reforma e a aprovação de um regime específico de aposentação dos docentes; a regularização dos horários de trabalho e concursos de professores justos.

Conheça as acções concretas na Resolução aprovada pelo Plenário Nacional de Professores e Educadores de 12 de Fevereiro, que integram concentrações, plenários, debates e encontros temáticos diversos e onde releva, desde logo, a disponibilidade para a realização de uma grande manifestação nacional no 3.º período. Esta Resolução será, desde já posta circular pelos professores e iniciará o processo de mobilização que se desenvolverá já a partir da próxima semana.

FONTE: FENPROF